Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): Quando a preocupação se torna um problema.

03/08/2018

Sentir preocupação é natural e faz parte da nossa condição humana, aliás a preocupação tem uma importante função evolutiva: Antecipar o futuro e maximizar os bons resultados e minimizar os maus resultados ( Mc Guire & Mc Guire, 1991). Logo, podemos nos preparar para situações diversas, evitar problemas e tomar providências. Na natureza, vemos esse comportamento com frequência, como por exemplo animais que estocam comida antes do inverno. A preocupação em ter comida no momento de escassez, os faz agir antecipadamente e os mantém vivos.

Mas quando se preocupar se torna um problema?
Segundo o DMS-5, quando a preocupação começa a ser excessiva ou desproporcional ao risco ou ameaça real, ocupando a maior parte do tempo da pessoa que se preocupa ( por no mínimo seis meses), e a impedindo de viver o momento presente, mesmo estando em uma situação agradável. Comportamentos de reasseguramento, que trazem alívio momentâneo, mas reforçam o ciclo da preocupação, também fazem parte dos sintomas, além da sensação de ser impossível controlar os pensamentos em relação às preocupações. Esses são alguns dos sintomas psicológicos do TAG, além dos físicos relacionados a ansiedade, como agitação psicomotora, insônia, sensação de fadiga, irritabilidade, dificuldade para se concentrar, entre outros.

Pessoas que apresentam TAG costumam superestimar problemas e eventos negativos e subestimar sua capacidade em resolvê-los. Possíveis preocupações e situações acabam por se tornar certeza absoluta de que acontecerão (Catastrofização). Em resumo, preocupações sobre assuntos variados, como saúde, relacionamentos, trabalho, família, permeiam a mente da pessoa com TAG, porém interpretando-os como reais e com alta probabilidade de ocorrer. É muito comum a pessoa com TAG se perceber tentando resolver algo que ainda nem aconteceu e por vezes nem acontecerá.

E qual a melhor forma de lidar com o TAG?
O tratamento psicoterápico é primordial para que a pessoa perceba seus padrões de pensamento disfuncionais, e aprender a lidar com a ansiedade e preocupação excessivas. A TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) é bastante indicada para o tratamento de transtornos de ansiedade por apresentar um nível considerável de eficácia. Em alguns casos o acompanhamento junto à um psiquiatra também se faz necessário. 
Existem tratamentos conjuntos que colaboram para a diminuição da ansiedade e melhora na qualidade de vida, como exercícios físicos de forma regular, meditação, técnicas de relaxamento, uso de florais, acupuntura, entre outros.

É importante salientar que transtornos de ansiedade são mais comuns do que imaginamos e existem formas de aliviar o sofrimento que eles evocam, sempre que perceber necessário, procure ajuda de um profissional da saúde mental.

Maiara Cristina Silva
Psicóloga CRP 06/136239.



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